Muito tem se comentado a respeito de jogos “play to earn”. Seja por gosto, diversão ou necessidade, o que antes era classificado apenas como hobby, passa a ocupar algumas horas regulares do dia a dia de pessoas conectadas, e a receita adicional começa a fazer diferença no orçamento mensal.
Para tornar o assunto confortável, pontuamos alguns conceitos, que facilitarão a compreensão.
- O que são NFT Games
- O que é um NFT
- O que é um blockchain
- Qual a relação do Blockchain e os NFT Games
- Conclusão
O que são NFT Games?
São jogos online, habitualmente chamados de “play to earn”, cujas informações são armazenadas em blockchain, o que permite que cada player tenha controle total e permanente sobre seus itens, ou ativos, e dessa forma possam a vir negociá-los em mercado secundário.
Tal diversão, vem ganhando popularidade e conquistando adeptos dentre os mais variados públicos, pois além do entretenimento, vem preenchendo uma importante e saliente lacuna: a da renda adicional, assunto que se tornou prioridade frente à situação econômica do país, principalmente nos períodos de pandemia e pós.
Há também quem diga que, com a redução das barreiras de entrada desses games, que já foram dribladas, a indústria esteja lançando mão de uma ferramenta catalisadora preparatória para o metaverso, revolução que está por vir e mudará a forma como vivenciamos e nos relacionamos com o mundo.
Para dar um start na compreensão dessa nova “febre”, preparamos um material que sanará todas as principais dúvidas.
O que é um NFT?
Traduzindo a sigla NFT ou non-fungible token, chega se a “token não fungível”. O termo “token” é o selo de autenticidade que garante a certificação a um item digital, e “fungível”, é tudo aquilo que pode ser substituído por algo semelhante, sem que haja qualquer alteração de valor. Sendo assim, entende se que os tokens não-fungíveis são como obras de arte: itens digitais únicos, que não podem ser substituídos ou copiados.
Por esse motivo é que tal tecnologia vem sendo utilizada para a comercialização de produtos escassos e autorais, tais como músicas, imagens, vídeos, filmes e até mesmo memes (link: Open Sea marketplce), com os quais nos deparamos a todo instante. Informações como nome, símbolo, proprietário, aprovação de posse, transferência, metadados, entre outros elementos, compõem o código token e fazem parte desse “contrato inteligente”.
Ainda que seja possível encontrar peças de extrema semelhança entre si, apenas a arte original possui registro de autenticidade, pois o NFT garante a exclusividade, atuando como um selo de propriedade. A ideia implícita nessa tecnologia se compara à posse de um quadro de um artista famoso, porém em ambiente digital, ou seja, um meme criado, apesar de ser incontavelmente reproduzido, compartilhado ou editado, possui um arquivo original, de propriedade individual identificável, o que pode vir a elevá-lo a cifras valiosíssimas.
Vamos entender melhor o que é um blockchain
A fim de facilitar a compreensão, e definindo blockchain de forma resumida, os blocos de dados que a compõem podem ser comparados às informações biométricas de um ser humano que, apesar de carregarem grande carga de informações genéticas dos progenitores, possuem características específicas, que são irreplicáveis, conferindo o conceito de “unidade” às pessoas.
Aplicando essa definição em um cenário de tratamento de dados, chamaremos a “informação genética” de “hash” e, sendo assim, quando um novo bloco é criado, além de sua própria hash, ele carrega também hashs do bloco anterior e é essa exclusividade de codificação, somada a outro fator importante, que é a administração descentralizada, que proporciona maior segurança no que diz respeito à efetivação de transações, afinal, sabendo que a informação não está sob o controle de uma única autoridade ou empresa, e sim nas mãos de inúmeros computadores ao redor do mundo, qualquer que venha a ser a verificação, ela será executada por uma rede pulverizada.
Como esses conceitos se aplicam aos NFT games?
Quase tudo o que existe na internet pode se tornar um token não-fungível, e com os jogos, não poderia ser diferente. O investimento principal é feito em ítens colecionáveis e o jogador é atraído pela possibilidade de lucrar com peças raras, sejam elas adquiridas para personalização, ou conquistadas /coletadas durante a prática.
A sua grande maioria segue o modelo “jogar para ganhar” ou “play to earn”, ou seja, aquele que joga mais e alcança um nível mais elevado, obtém maior recompensa e itens mais valiosos. Quanto aos filtros de entrada, existem opções para todos os bolsos. Alguns exigem que se faça um investimento inicial para a aquisição de personagens/montagem dos times, e tem também aqueles que não necessitam desse montante.
Um bom exemplo é o Axie Infinity (Site Oficial), que é o jogo de maior popularidade no momento e para se ter uma ideia, ele exige que seja desembolsado algo em torno de U$ 1.200,00 para aquisição mínima dos 3 integrantes da equipe que irá para as batalhas.
Pode parecer algo inviável, e seletivo, mas a solução diante de uma moeda que está tão em alta frente ao nosso real, já foi criada e tornou-se prática comum para quem já tem um pouco mais de vivência e conhecimento a respeito do mundo Axie: são as chamas escolinhas, que treinam seus Scholarships (link da E4 scholarship), que firmam uma parceria que muito se assemelha a um aluguel de contas, legalizada, e muito bem aceita na comunidade dos gamers.
Entenda a relação entre Blockchain e NFT
Todas as movimentações que envolvem NFTs são realizadas através das redes blockchain, ou seja, sempre que acontece a comercialização de um token, a transação permanece registrada de forma definitiva na rede pública, pois acontece a adição de um novo bloco à corrente, garantindo a autenticidade do arquivo ou da criptomoeda.
Sendo assim, fica evidente que, em um cenário complexo de games, repleto de microtransações (personagens, áreas, itens de personalização e etc), o movimento que vem acontecendo é de tokenização de grande parte dos ítens e, desta forma, aqueles players que estavam acostumados a movimentar dinheiro dentro dos jogos, de forma consumível, irrecuperável e momentânea, passam a não mais “desperdiçar”, e sim investir em seus itens, agregando valor a algo que é de sua propriedade e que pode ser comercializado, quando for de sua vontade, permitindo a recuperação ou até mesmo o lucro, sobre aquilo que foi aplicado anteriormente.
Essa união de conceitos, que criou a diversão monetizada, tornou-se o início de uma fórmula de sucesso, o que acabou por atrair os olhares de públicos distintos: pessoas que não simpatizavam com games que necessitavam de compras internas, passam a jogar, também aqueles que buscam renda adicional, quem gosta de investir, colecionadores, adultos, crianças e todos os que aceitam a revolução digital eminente.
Segurança? Uma vez que fica claro que o poder administrativo é descentralizado, tem-se um sistema blindado a prova de hackers, pois não existe um ponto focal para atuação. Outro ponto importante é que, ao contrário do que aconteceria se o desenvolvedor de um jogo comum desistisse do projeto, em blockchain os jogadores podem continuar jogando, caso isso venha a tornar-se real, bem como podem eleger uma outra empresa para assumir o controle da situação e fazer a roda continuar girando, conquistando a confiança e aumentando o interesse de novos usuários.
A cadeia de dados é um caminho sem volta. As modificações que hoje são consideradas perceptíveis, são só os primeiros milímetros de toda uma maratona que está por vir, afinal, ela não muda só o modo como as coisas são operacionalizadas, ela mescla diversão com investimento, o mundo real com o paralelo, pessoas com personagens e foi criada para facilitar e encurtar distancias entre tudo e todos. Novos tempos sopram novos ares e entender um pouco mais sobre a mecânica dos jogos, te ajudará na identificação daquele que mais se adequa a cada perfil.
Caso tenha interesse em aprofundar sobre essas informações acompanhe a Eternal 4 nas nossas redes (https://linktr.ee/E4NFT)
(Por Paula Reina – 28.12.2021)